Ao construir um projeto de inovação que envolve um sistema de informação, a etapa de desenvolvimento e criação do código se configura como uma das mais importantes do projeto, sendo necessário pensar com bastante calma sobre sua abordagem: Quem fará e como se dará o processo de desenvolvimento?
O Pair Programming (programação em par), é uma prática dentro da metodologia ágil XP, que foi introduzida por Kent Beck em seu livro Extreme Programming. Essa prática consiste em dois programadores trabalhando juntos num mesmo código, ao mesmo tempo, utilizando o mesmo computador.
Parece confuso, mas é mais simples do que parece. Enquanto um dos programadores é o piloto, sendo o responsável por escrever o código, o outro ocupa o papel de navegador, sendo responsável por acompanhar a escrita de código e verificar se está de acordo com os padrões do projeto e de encontro à solução necessária. A intenção desta técnica é evitar erros de lógica, e ter um código mais confiável e melhor estruturado, utilizando-se para isso a máxima de que “duas cabeças pensam melhor do que uma”.
A prática da programação em par é conhecida por muitos programadores, porém pouco adotada pelas empresas, principalmente nas pequenas e médias. O motivo para isso, na maioria dos casos, é financeiro.
Colocar duas pessoas para realizar a mesma atividade pode parecer uma tremenda perda de recursos, já que a lógica tradicional de gestão nos diria que quanto mais recursos eu tenho alocado em projetos diferentes, mais produtos eu irei entregar. Essa teoria é boa, mas na prática pode se mostrar um pouco diferente, sobretudo quando falamos de desenvolvimento de software.
Por melhor que seja seu time, em algum momento o programador terá que trabalhar em algo que ele não tem sequer noção de como fazer. Isso demandará esforço em estudar, aprender e elaborar um plano para resolver o problema.
Fato é que, durante a aplicação desse plano, muitas outras dúvidas e questões poderão surgir, demandando novas buscas e ações, criando um ciclo prolongado e que poderia ser reduzido a partir da experiência de uma segunda pessoa agindo em conjunto.
Então quer dizer que se eu colocar duas pessoas para trabalhem juntas, o problema é resolvido na metade do tempo? Obviamente que… não. O intuito da programação em par, não é aumentar a velocidade de desenvolvimento, mas sim melhorar a qualidade do código entregue. Considerando o exemplo anterior, os dois iriam estudar, discutir, criar um plano de ação a partir de um entendimento comum e implementar a solução.
Ao final do processo, teríamos duas pessoas do time com novos conhecimentos, com mais sinergia entre si, com mais confiança em seu trabalho e mais felizes por terem conseguido resolver o problema juntos, sem falar no ganho direto de qualidade do código-fonte.
Dentre todos os pontos positivos em trabalhar utilizando essa técnica, podemos citar que os que mais se destacam são:
- Qualidade: O código gerado pelo trabalho em equipe, tende a ter melhor qualidade e ser menos suscetível a falhas.
- Aprendizado: Ao colocar pessoas com níveis diferentes de conhecimento para trabalharem juntas, faz com que a equalização deste conhecimento se dê de maneira mais rápida.
- Disciplina: A dedicação ao trabalho aumenta, desvios de atenção são anulados. Um ajuda o outro a manter o foco na atividade.
- União: Aproxima os membros da equipe, melhorando a sinergia.
Por aqui, utilizamos a programação em par para lidar com problemas complexos que muitas vezes surgem nos projetos e processos de inovação. Com isso conseguimos criar sistemas seguros, confiáveis e de boa qualidade, mesmo com equipes enxutas. Traga a sua ideia para a nossa equipe desenvolver e vamos inovar juntos!
